Capa do álbum duplo, de 1975 |
Paebiru, de Lula Côrtes e Zé
Ramalho, é considerado o álbum mais raro da discografia brasileira, superando o
Louco por Você, do Roberto Carlos. A isso se soma o fato de que, segundo
consta, da prensagem original, de uma tiragem mínima de 1,3 mil cópias, restaram
apenas trezentas. Estas, por sua vez, são disputadas por colecionadores, que
pagam mais de 4 mil reais para obter uma cópia.
O álbum é considerado um clássico
do movimento udigrudi, que congregou músicos como Robertinho do Recuife, Alceu
Valença, Flaviola, além dos citados Zé Ramalho e Lula Côrtes. Além, e muito
além disso, Paebiru é uma viagem lisérgica de 55 minutos em torno do imaginário
criado em cima da Pedra do Ingá. Ela fica num sítio arqueológico a 109 km de
João Pessoa. O monumento ancestral, chamado de "itacoatiara", é
formado por um terreno rochoso que possui desenhos rupestres entalhados na
rocha pura. Não se sabe ao certo a datação daquelas inscrições. Uns dizem que a
Pedra pode ter sido talhada há 6 mil anos atrás. Para se ter uma ideia,
estaríamos na passagem do Neolítico inferior para a Idade dos Metais, ou seja,
no ocaso da chamada Pré-História, muito antes, por exemplo, do surgimento da
primeira dinastia do Antigo Império no Egito (3.200 a.C).
Constituída de gnaisse, a Pedra
perfaz uma área de 250 m². Na parte principal, vemos uma parede de 50 metros
por 3 de altura. Além dessa parede, há outras formações, com riscos na pedra
cujo significado é ainda desconhecido. Há quem entenda tratar-se de um
calendário solar. Em outras partes, é possível perceber representações mais
familiares, com desenhos de animais e seres humanos. O terreno do sítio,
originalmente particular, foi doada ao governo e Pedra do Ingá foi finalmente
tombada em 1944.
Como muitos, Zé Ramalho e Lula
Côrtes costumavam visitar o local. Somada a experiências pessoais de ambos, a
dupla decidiu transformar essas digressões espirituais num disco. Lançado em
1975, Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol, é uma suíte musical que evoca
o imaginário que cerca a Pedra do Ingá. O nome faz referência a um caminho
mágico que ligaria o sítio arqueológico até os Andes. Esse caminho, segundo a
tradição local, teria sido feito por um deus, chamado Sumé. Como é recorrente
nas mitologias, Sumé seria uma espécie de agente civilizador, que teria
oferecido seus ensinamentos aos homens comuns, como Prometeu para os gregos.
Ele teria ensinado o plantio da mandioca aos gentios e sido responsável pela
entrada do Ingá, um dos muitos caminhos utilizados pelos ameríndios, muito
antes da chegada dos europeus à América.
Em Visão do Paraíso, Sérgio
Buarque de Holanda fala a respeito do imaginário em torno novo mundo. Ele diz
que, ao contrário dos portugueses, os espanhóis tinham por larga conta toda a
sorte de lendas e histórias envolvendo mundos mágicos, como o El Dorado. Ao
contrário deles, os lusitanos eram de espírito mais prático, e não se davam à
tais divagações. No entanto, observa Sérgio Buarque, uma lenda teria se
disseminado entre os portugueses, que faz referência à chegada de São Tomé às
índias e à América do Sul, pregando o evangelho, como o teria feito São Tiago
em terras da Galícia.
O que no entanto era um culto
local, como no caso de Santiago de Compostela era, no caso lusitano com relação
a Tomé algo que havia se alastrado por todo o extremo oriente por onde os
portugueses andaram, de Bombaim até o Mar da China. Relatos davam conta de
pegadas atribuídas ao santo, que podiam ser encontradas tanto além das índias
como, se descobriria depois, no chamado Novo Mundo, na América.
O Livro de Duarte Barbosa, por
exemplo, fala da peregrinação do apóstolo em Meliapor, no sudeste da Índia. Um
caçador teria alvejado um pavão que, ao desfalacer no chão, havia se
transformado em homem. Ao chamar autoridades locais para testemunhar o fato,
decidiram que o homem morto era, na verdade, um santo. Em seguida, foi inumado
num local onde seria construída uma igreja. Em 1516, a Nova Gazeta Alemã, ao
publicar uma crônica da viagem de D. Nuno Manuel à Ilha da Madeira, já dava
conta de nativos que falavam da passagem de um certo Tomé numa terra “sem lei
nem rei”. A própria cartografia confusa da época ligava a América com a Ásia,
dando a entender que tal entidade tivesse atravessado essas distâncias, logo
tratava-se do mesmo santo. Nativos mostravam aos europeus pegadas gigantes
desde Cabo Frio até Itapoã, na Bahia.
Eles também diziam milagres do
homem, sempre que tentavam prendê-lo, ele escapava, ora fugindo das flechas
quanto abrindo caminho sobre as águas. Nos locais onde foram encontradas tais
pegadas, como ocorrera em Meliapor, havia sempre uma fonte e/ou uma cruz. Uns
falavam que a água jorrava da pedra, como é narrado nas passagens do Êxodo com
relação à Moisés.
Essa água, diziam tais relatos
colhidos, davam conta que podiam operar milagres. Contudo, tanto o uso contínuo
desses sítios quanto a depredação provocada por crentes que raspavam as pedras
deforma a preservá-las como relíquias teria feito com que tais pegadas se
perdessem com o tempo, embora tenham permanecido na memória dos antigos. Outros
relatos colhidos dão conta de que Tomé se dirigia aos nativos, que falava com
os peixes.
Sérgio Buarque de Holanda observa
que, mesmo que os espanhóis fossem mais dados a castelos no ar com relação à
narrativas imaginárias e eldorados, a
hagiografia a respeito de São Tomé permanece como um caso sui generis, que foi
difundido primeiramente por missionários portugueses católicos. “que a presença
das pegadas nas pedras se tivesse associado, entre estes, e já antes do advento
do homem branco, à passagem de algum herói civilizador, é plenamente admissível
quando se tenha em conta a circunstância de semelhante associação se achar
disseminada entre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo”,
diz o sociólogo. O que deve ser levado em conta, diz o autor, éque enre esses
catequizadores, a tendência naturalmente era a de associar o tal “agente
civilizador” que travou contato com os gentios (seria um deus astronauta?) com
o apóstolo de Cristo.
Anotações em mapas como a de
Caverio também davam a entender, devido a algumas topografias assinaladas, como
“alápago (ou arquipélago) de são Paulo (na verdade, seria a foz do Macaé)”,
davam a entender que gentes do velho continente tivessem aportado muito antes
de Cabral – ou outro apóstolo, enfim, outro “agente” que tenha ensinado aos
índios a prática do plantio e da utilização da mandioca e da erva-mate.
A verdade é que o nome de Sumé na
América apareceia, desde cedo, associado a pegadas humanas e à informações
sobre a aparição de um “mensageiro de verdades sobrenaturais”. Logo, os
descobridores destas terras fariam a associação com Tomé ou Chimé (como era chamado
em Angkor, hoje Cambodja). Relatos, como os de Simão de Vasconcelos, dão conta
de penedos encontrados em Cabo Frio com marcas de bordões que, de acordo com
determinadas interpretações, seriam marcas que eram na verdade milagres que
teriam sido realizados por Sumé de forma a convencer os gentios que eram
refratários à sua pregação. No sítio, também haveria vestígios de uma fonte medicinal.
Vasconcelos também atribui a Tomé o caminho de Mairapé (estrada milagrosa), no
Recôncavo Baiano.
No entanto, anota Sérgio Buarque,
o maior legado do mítico São Tome ou Sumé reside numa longa estrada que, saindo
do litoral do Brasil, vai até o Paraguai, no mesmo ramal que serviria de
caminho para bandeiras espanholas como a de Aleixo Garcia e Cabeza de Vaca, os
peabirus. Relatos como o de Ruiz de Montoya afirmam que o tal caminhocomeçava
desde a Ilha de são Vicente (outros, mais recentes, associam o começo da
estrada ao Pátio do Colégio). Pedro ozano, missionário da Companhia de Jesus em
Guairá, fala da trilha encantada: “corre El camiño nombrado por los guaranies
Peabiru y por los españoles de Santo Tomé, que es el que trajo el gloriosissimo
apostol por mas de 200 leguas desde La capitania de San Vicente, em El Brasil,
y tiene ocho palmos de ancho”. Ele
também diz que a erva da triha por onde Zumé passara nunca cresce, permanecendo
rala por todo o tempo e toda a sua extensão. Nicolas Del Techo, no século XVII,
segundo Sérgio Buarque, faz descrição similar do peabiru. Segundo estes
cronistas, as histórias e padecimentos do apóstolo de Cristo em terras
brasileiras também chegaram à América espanhola. Relatos de gentios também dão
conta dos ensinamentos de Sumé sobre o cultivo de erva-mate e mandioca e falam
de sua peregrinação, de Assunção até Potosí. Padre Alonso Ramos ajuntou a história
de que um grande homem branco foi perseguido por locais quando em passagem por Cacha,
rumo á Cuzco. Vários depoimentos são correlatos tanto a respeito à respeito da
descrição do peregrino (barbas, olhos claros) quanto ao seu ministério aos
gentios, marcas de bordoadas em rochedos, e a perseguição a que fora vítima
(segundo a hagiografia, ele sobrevivera à fogueira.
O curioso é observar que,
seguindo a tese de Sergio Buarque em Visão do Paraíso, que essa tal hagiografia
de Tomé/Zumé nasce entre os descobridores e missionários portugueses, ela passa
a ganhar maiores detalhes e fumos de narrativa fantástica ou maravilhosa densa
a partir dos relatos espanhóis, como era de se esperar. Nicolau Del Techo, por exemplo, fala de uma
cruz de jacarandá que fora descoberta perto do Titicaca (onde o santo era
chamado de Pay Tumé). A madeira, como se soube depois, não era da região; ora,
de tal arte, a explicação mais plausível era a de que Tomé a tivesse construído
e conduzido desde o Brasil até o lago peruano, num percurso de “mais de mil e
duzentas léguas”, de acordo com Padre Antônio Ruiz, em sua Conquista Espiritual. Na Igreja
de São Tomé (de acordo com Padre Osório) de Meliapor, nas Índias Orientais,
havia um madeiro de dimensões idênticas, e que, da mesma forma, não poderia ter
sido transportada até lá a não ser de forma milagrosa: a cruz é tão grande que
seria impossível conceber que tipo de parelha de animais por quantas léguas
seriam necessários para dar conta do transporte.
A despeito de correlações entre
elementos do Sumé mítico brasileiro, do Tumé peruano ou do apóstolo, anota Sérgio Buarque, o elemento que os une
é, justamente, o papel civilizador do
mito em todos os casos. Já os missionários entendem Sumé como um avatar que
havia anunciado a futura conversão dos gentios, isto é, uma profecia (bem a la “deuses
astronautas”) que teria feito o apóstolo aos índios, da futura pregação dos
padres da Companhia: “é de supor que essa feição adquirida pelo mito tivesse
contribuído poderosamente para dar impulso à obra missionária desenvolvida
pelos padres durante toda a sua assistência em terras do Paraguai, e, em
particular, do Guairá castelhano”, diz Buarque.
A profecia daria conta de que
Tomé teria dito aos antepassados dos gentios que, no futuro, chegariam à suas
terras os sucessores de seu ministério. Eles, ao contrário dele, iriam juntar
os locais esparsos em povoações grandes e em regime comunitário. Eles trariam
cruzes nas mãos e ensinariam a concórdia entre as tribos dispersas. O fato, diz
o sociólogo, é que por vários motivos, o mitológico Pae Tumé assume, no
Paraguai, por conta dessa profecia, proporção que ele não gozou na narrativa
portuguesa: o de profeta da catequese jesuítica. Já os relatos do Tomé peruano,
por sua vez, possuem elementos similares à hagiografia do Tomé das Índias
Orientais. Porém, diz Sérgio Buarque, é na narrativa “brasileira” que ocorre o “sincretismo”
Tumé-Sumé/Tomé. Na conclusão do capítulo, Buarque de Hollanda entende que
enquanto a Igreja reconfigurava suas posições com os descobrimentos, a
identificação do apóstolo das Índias deveria agora fornecer uma solução “histórica”
para a questão. Por outro lado, diz ele, o resgate e escravidão de gentios e
africanos, que os lusitanos foram menos “solícitos em combater com razões
teológicas” (como Las Casas, diz ele) poderiam ser praticados sem grandes escrúpulos:
“uma vez admitida a pregação, teriam que alargar-se possibilidades de “guerra justa”
(expressão do bispo de Chiapas) contra alguns povos, menos por serem gentios
primitivos mas, sim, apóstatas, ou seja, refratários à fé cristã.
Enfim, o tempo cuidou de que, de certa forma, as lendas
se misturassem. O sincretismo transformou Sumé em São Tomé, assim como, no
Oriente, ele era chamado de Chimé. Tanto lá como aqui ou em Assunção, como se
viu, foram encontradas pegadas de sandálias impressas na pedra, feitas por um
agente mágico. O mesmo fenômeno poderia ser encontrado aqui (em Itajuru, em
Cabo Frio, segundo Buarque) quanto em Angcor. “Não seria difícil”, diz ele,
“pelo menos a espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à
lembrança de um São Tomé Apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter
ido levar até as partes da Índia, a luz do evangelho cristão”.
O mito de Sumé se espalharia pelo
Nordeste. Com o tempo, o imaginário em torno do conjunto rochoso do Ingá se
misturaria livremente a toda a sorte de lendas e histórias, que vão desde
contatos remotos com navegadores fenícios até os passos de Sumé Poe uma
imemorial américa profunda. Mais além, ufólogos corroboram teorias como a de um
Erich Von Dankien, de que extraterrestres fossem responsáveis pelos desenhos
rupestres. Nesse sentido, seria de se pensar se Sumé fosse, de fato, um
Prometeu intergalático? Pesquisadores da área, como Cláudio Quintans não fala
das pegadas e das marcas do bordão de Sumé, mas rastros dos vímanas desses
astronautas do passado. Teorias a parte, através da pesquisas arqueológicas,
supõe-se que as inscrições do Ingá foram feitas por ameríndios que habitaram o
local há pelo menos 8 mil anos, ou seja, isso remontaria à passagem do Neolítico
para a Idade dos Metais, ou um estágio imediatamente posterior – ou seja, há muito tempo antes
do período da viagem de Colombo.
Disco duplo, Paebiru impressiona
tanto pela temática, Sumé e a pedra encantada do Ingá, caminhos ancestrais,
deuses astronautas, tudo emoldurado pelo espírito de época, drop out, contracultura,
psicodelia temporã, Dankien e Castañeda, mescalito, xamanismo, cogumelos e outros baratos, como o
folk rock norte-americano e o udigrudi, enfim, todo um zeitgeist da
contracultura dos anos 1970 no Brasil. O álbum, que teve apenas uma edição –
cuja prensagem, que já era limitada, devido à destruição do parque industrial
da gravadora Rozemblit, em 1976, transformou Paebiru quase numa lenda urbana. Poucos tiveram a oportunidade de
ouvi-lo, e o disco ficou praticamente desconhecido do grande público por
décadas, até o surgimento da internet. Com o mp3, começaram a aparecer as
primeiras cópias piratas de trabalhos alternativos do rock e da MPB dos anos 60
e 70.
O álbum impressiona pelo conceito ambicioso e anti-comercial. Na verdade, poderia-se considerá-lo como uma suíte, cindida nos quatro elementos, fogo, água, ar e terra, onde cada seção possui uma paleta de instrumentos, uma concepção rítmica e tímbres específicos, muito embora, a despeito de respectivamente tematizados, são expostos de forma livre, misturando o autóctone (o canto dos cariris, a viola caipira) e instrumentos 'modernos', como a guitarra e o piano forte, criando esse contraste entre o antigo e o moderno, atualizando a ancestralidade do mito numa visão original, onde Sumé é homem e força da natureza. E tudo gravado em apenas dois canais, e sem overdubs ou truques de mixagem ou pós-produção.
Embora raro, Paebiru foi um dos grandes clássicos perdidos da história da MPB que foi descoberto por colecionadores de todo mundo sendo reeditado também em vinil pirata. O selo Mr Bongo chegou a fabricar o álbum, até que a Polysom também relançou Peabiru este ano. A crescente demanda por reedições do disco e o progressivo interesse por parte de pesquisadores e audiófilos já falam por si a respeito da excelência de Paebiru e sua importância na história da música brasileira.
Lula Côrtes, por exemplo, um dos
artífices do disco Paebiru, foi um
dos artistas dos anos 1970 que leu Von Dankien. Mesmo que as teses do escritor
suíço sejam hoje consideradas pseudo-científicas, elas fizeram a cabeça de
muita gente na época, e Côrtes foi um deles. Junto com Zé Ramalho, em 1972,
eles foram até o Ingá a convite de Raul Córdula. Maravilhados com a descoberta,
eles decidiram criar um disco conceitual que falasse do Ingá Para tanto,
empreenderam toda a sorte de pesquisas sobre o assunto, e retornaram várias
vezes para o local, a fim de captar o ambiente. Assim, descobriram que o Ingá
era um dos ramais dos inúmeros caminhos ancestrais dos ameríndios, e que
ligavam o litoral nordestino até o Peru.
Para Lula Côrtes, não era
impossível que aquilo fosse, de fato, obra de um Prometeu das galáxias. Tanto
que morreu defendendo que as inscrições rupestres teriam sido escritas á raio
laser. Tanto que, na primeira parte
do álbum, eles narram a saga de Sumé (a partir de suas próprias concepções a respeito da entidade), o viajante intergalático que “com a barba
vermelha, desenhou a pedra do Ingá”, na letra de "Trilha de Sumé".
O álbum impressiona pelo conceito ambicioso e anti-comercial. Na verdade, poderia-se considerá-lo como uma suíte, cindida nos quatro elementos, fogo, água, ar e terra, onde cada seção possui uma paleta de instrumentos, uma concepção rítmica e tímbres específicos, muito embora, a despeito de respectivamente tematizados, são expostos de forma livre, misturando o autóctone (o canto dos cariris, a viola caipira) e instrumentos 'modernos', como a guitarra e o piano forte, criando esse contraste entre o antigo e o moderno, atualizando a ancestralidade do mito numa visão original, onde Sumé é homem e força da natureza. E tudo gravado em apenas dois canais, e sem overdubs ou truques de mixagem ou pós-produção.
Embora raro, Paebiru foi um dos grandes clássicos perdidos da história da MPB que foi descoberto por colecionadores de todo mundo sendo reeditado também em vinil pirata. O selo Mr Bongo chegou a fabricar o álbum, até que a Polysom também relançou Peabiru este ano. A crescente demanda por reedições do disco e o progressivo interesse por parte de pesquisadores e audiófilos já falam por si a respeito da excelência de Paebiru e sua importância na história da música brasileira.
(1) Sérgio Buarque de Holanda, Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.
No comments:
Post a Comment