Saturday, January 15, 2011

Leia o Livro (2)



Sobre o seu aprendizado com a guitarra, Keith aponta dois momentos cruciais: a primeira, quando ele aprendeu todo o seu repertório possível de riffs e acordes para começar a se sentir um músico profissional. Sobre isso, Richards diz que formou o seu caráter tocando violão acústico. e diz:

— Acredito piamente que, se você quer ser guitarrista, é melhor começar tocando violão acústico e depois passar para o elétrico — revela. — Não acho que você vai virar outro Townshend ou um Hendrix só porque pode fazer uíí uíí uah uah, e todos aqueles efeitos eletrônicos dos guitarreiros. Primeiro, vá conhecer direitinho o instrumento. E vá dormir abraçado com o seu violão. Se não tiver uma gata à mão, você dorme com o violão. Tem o formato certinho.

O outro momento crucial em sua carreira foi quando ele começou a perder a colaboração seminal do fundador dos Rolling Stones, Brian Jones, durante as sessões de gravação. Ao mesmo tempo, enquanto ele vivia a entressafra de shows, em meados de 1968, Keith passou a se interessar por slide e por afinações abertas, mais especialmente em Sol aberto.

Isso fez com que Richards passasse a tocar com uma corda a menos na guitarra. O corolário disso tudo foi que o guitarrista dos Stones criou um timbre muito particular para os seus riffs. Em Vida, ele salienta que isso acabou se tornando uma forma de deixar uma marca registrada nas músicas. "se você ver, quando alguém tenta tocar um riff meu numa afinação normal (standard tuning), nunca sai a mesma coisa", explica.

Um exemplo típico de timbre característico do Keith Richards num riff clássico:

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