Saturday, August 14, 2010

O pinguim do Marcelo


O nosso principal redator é torcedor de um grande time da Capital gaúcha ao mesmo tempo que torce para o crescente alvianil da zona norte, o São José. E sempre que vai para o estádio do Passo D'Areia, o Marcelo tem que fazer paradas estratégicas no decorrer do percurso em bares e similares para poder reabastecer-se. O nível etílico dos integrantes da Redação do Pato Macho é similar ao do álcool farmacêutico, por volta do 96% do volume. Quando o Marcelo faz esse percurso, se exagera na dose, uma coisa bastante comum, costuma a sumir por uns dias. Já aconteceu dele aceitar convite de um padre que estava tomando um pouco de vinho numa cantina e o Marcelo parar no seminário de Viamão para um retiro espiritual. Quando passou o efeito do álcool, o escriba pato-machense se deu conta que vestia um manto marrom com uma corda à cintura e sandálias de couro.
Noutra ocasião, o nosso redator acordou sendo lambido pelas águas achocolatadas do mar tramandaiense. Assim, encontrei o nobre escrivinhador de mão dada com um pinguim w perguntei:
- Ô, Marcelo, o que tu faz com esse galináceo antárctico?
- Não sei bem, encontrei o bicho na avenida Beira-Mar, em Tramandaí no domingo de tarde. Nem sei como fui parar lá, mas se não me engano, estava tomando uma candibrina com um índio charrua no sábado à tarde, ou guarani, não lembro direito, e ele precisava que eu ajudasse a erguer uma paliçada ali perto de Santa Terezinha ou Imbé. Chegando lá ele me deu um cauim para tomar e comecei a ver elefante cor-de-rosa voando. E saí caminhando em direção ao mar para ver se a água gelada curava aquela viagem. Encontrei o Bob Esponja e o Patrick caçando água-viva e o Lula Molusco tocando flauta. Saí caminhando pela beira da praia e atravessei o rio Tramandaí a nado. Adormeci na areia e acordei na manhã do domingo com o sol rachando na minha cara. Vi o pinguim parado ali, me olhando. Como eu achei que ainda o cauim estava fazendo efeito, peguei o bicho pela mão e fui pedir carona na ponte de Tramandaí. Cheguei agora à pouco e não sei o que fazer com o bicho.
- Tchê, mas leva o pinguim pro zoológico! - disse embasbacado com a história que o redator do melhor jornal do sul do Brasil acabara de contar.
Passou uns dias e nada do Marcelo aparecer na redação do Pato Macho.
No outro domingo, ao passar de carro pela avenida Assis Brasil, encontro o Marcelo de mão dada com a ave do polo sul.
- Pô, Marcelo, não levaste o bicho pro zoológico?
- Levei, tchê. Ele gostou muito. Agora tô levando ele para ver um jogo do grande Zequinha. Acho que ele vai gostar.

1 comment:

Marcelo said...

Hahahah, bem lembrado!!!!!!