Tuesday, January 02, 2007

Eureca

Futebol
Arqueólogos descobrem ruínas de antigo estádio no Litoral
Elefante branco sucateado dos tempos do faraó Sessim vai sediar o primeiro jogo do Gauchão


ANSA - Escavações realizadas num sítio arqueológico de Ciderira, localizada a 70 quilômetros de Porto Alegre, provocaram surpesa em todo mundo: pesquisadores que procuravam possíveis fósseis da Idade da Pedra Lascada acabaram encontrando um incrível estádio de futebol em ruínas.

De acordo com os especialistas, o chamado "balipódromo" Sessinzão é datado de 1996 a.C e foi erguido durante a Terceira Dinastia Sessinzaica, no reinado do faraó Elói Braz Sessim, antigo tirano da região que, há doze anos, torrou $ 3 milhões num monumento ao desperdício do dinheiro público. Depois da inauguração, o estádio, para 15 mil pessoas, foi jogado às traças e o prefeito Sessim cassado e condenado por corrupção.

Mas quem está entusiasmado coma patética descoberta é o intrépido presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto. Segundo ele, apesar do estado deplorável da homérica construção, ele anunciou que ela será utilizada para sediar pelo menos oito jogos da dupla Gre-Nal no Gauchão 2007.

Mas o fato extraordinário é que Beto Pires, atual prefeito da simpática cidade litorânea vai meter mais R$ 700 mil para ressucitar o gigantesco elefante branco. Até agora, só a licitação para reforma da infra-estrutura e dos espaços internos do estádio atingiu R$ 344.943,26. Como se fosse pouco, o Ministério do Esporte entrará com R$ 200 mil e a Fundergs, com R$ 120 mil.

Apesar de todos os gastos, ele está otimista:


- De Cidreira, surgirão novos expoentes do esporte, aos moldes da ginasta Daiane dos Santos e do craque Ronaldinho Gaúcho - diz Beto pretende ainda neste semestre contatar clubes europeus para transformar o Sessinzão em 'indústria de craques', explica.

O melhor de tudo é que, a duas semanas do jogo de estréia do campeonato, o Sessinzão sequer tem gramado. Apenas metade da área foi plantada. A outra é solo lunar. Além disso, as janelas dos vestiários estão sem vidros, os banheiros ainda não têm vasos sanitários e as cabines de imprensa estão em condições precárias. Do lado externo, muito lixo e restos de tijolos e pedras dão ao velho balipódromo dos tempos do faraó um ar de filme épico de Cecil B. de Mile.

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