Thursday, June 29, 2006

Ora, banhos!

Brasileiros jogam bem porque tomam banho, insinua Henry

Saul Lisboa/ Direto de Hannover para o PATO MACHO

O atacante francês Thierry Henry ironizou, nesta quinta-feira, a aptidão dos brasileiros com o sabonete e a bola nos pés. Ele disse que os franceses não precisam tomar banho e, portanto, têm mais tempo para estudar, ao contrário dos desafortunados brasileiros.

"É difícil definir os jogadores do Brasil, pois eles dispoem de tempo para atividades ociosas, como banhar-se. Por outro lado, eu nunca preciso tomar banho e tenho tempo para estudar das 7h às 17h. Pedia ao meu pai para tomar um banhinho, e ele dizia que antes vinham os estudos. Já eles (brasileiros) perdem tempo se asseando, coisa que não conhecemos", afirmou.

Ironia à parte, Henry reconheceu a qualidade da Seleção Brasileira e previu um confronto difícil no próximo sábado. Para ele, a equipe de Carlos Alberto Pé de Uva tem um estilo parecido com o da Espanha, que apesar de asseado, foi derrotada pelos franceses nas oitavas-de-final.

"Não podemos desprezar as cinco estrelas do Brasil, mas vamos fazer o nosso jogo. Brasil e Espanha são equipes parecidas, pois gostam de tomar banho", disse o atacante, que não considera um sonho bater os pentacampeões: "Os brasileiros têm jogadores de nível ótimo, mas estamos aqui para dar uma lavada, não para se lavar", analisa.

Quem será o número 1?

Troféu Cocito

É hora de tirar as crianças da sala. Se o bom tom regido pelo Fair Play da Fifa costuma franquear um prêmio para o jogador mais disciplinado na Copa da Alemanha, por que não fazer o contrário? Dessa forma, o leitor de PATO MACHO que prestigia o certame pode votar e atribuiur uma nota de 0 a 10 aos atletas mais estripadores da competição, os carniceiros, os carneadores, enfim, os defensores do chamado 'Shaolin Soccer':

De Rossi (Itália)
Mastroeni (Estados Unidos)
Pope (Estados Unidos)
Deco (Portugal)
Boulahrouz (Holanda)
Van Bronckhorst (Holanda)
Josip Simunic (Croácia)
Mateja Kezman (Sérvia e Montenegro)
Cristian Zaccardo (Itália)
Gattuso (Itália)
Asamoah (Gana)


Leva o Troféu Cocito quem tiver a maior média. em caso de empate, leva o caneco aquele que tiver o maior número de cartões vermelhos. Quem será o felizardo?

Tuesday, June 27, 2006

"Eu fiz trabalho contra Ronaldinho", revela pai-de-santo

Extra! Mais um furo de O Pato Macho!
por Funildo

O Pato Macho descobriu em Porto Alegre vestígios de que foi feito um trabalho contra Ronaldinho Gaúcho para que ele faça uma Copa muito ruim e caia o valor de seu passe no mercado futebolístico. O pai-de-santo Filho de Mãe Matilde revelou que foi procurado por uma ala da Torcida Geral Gremista, também conhecida como Alma Castelhana, a fim de fazer uma reza forte contra o maior jogador do mundo, que foi criado no Olímpico e de lá fugiu para jogar no Paris Saint-German. "Eu matei um galo preto e um bode branco, velho e reumático para que o Ronaldinho não consiga fazer nenhum gol na Copa. A minha reza é forte e não existe escapatória. A torcida me pagou R$ 15 mil. Foram R$ 5 mil na bucha, R$ 5 mil quando acabar a Copa e outros cinco quando começar o campeonato europeu", revelou o pai-de-santo.
Procurado por Pato Macho, a Família Assis Moreira não quis comentar o assunto. Assis, o irmão mais velho do craque, comprou um time de futebol na cidade e está tomando um tufo. Um membro da Alma Castelhana que não quis se identificar garante que foi feito trabalho semelhante com outro pai-de-santo para que isso acontecesse. Ele também revelou que outros jogadores estão com seus nomes manchados com sangue de galo preto e entre eles estaria o do meia Tinga.

Thursday, June 22, 2006

Pirulito e Sabonete


- Parece que o Parreira vai dar uma mãozinha para o Zico, no jogo de hoje.
- Vai escalar os reservas?
- Não, vai preservar os titulares.

Latim em pó

Para superar a quase insuperável barreira cultural, disponibilizamos aqui um indispensável glossário de expressões mais usadas nos estádios brasileiros, para você não perder o ardil e ainda mostrar que sabe filosofar na língua de Goethe e Schiller.

Não seja um outsider! Impressione os seus amigos! Seja a alma da festa! Com vocês, o Manual PATO MACHO do Torcedor brasileiro na Copa do Mundo 2006:


Bereits geht es, Trockenmittel?
(Já vai, ô secador?)

Diese rote Karikatur in deinem Esel, refree Sohn haften eines bich!
(Enfia esse cartão vermelho no c*, juiz f*lho da p*ta!)

Diese rote Karikatur in deinem Esel, refree Sohn haften eines bich!
(Vai prá casa, seu cabeça-de-bagre!)

Übersteig, Robinho!
(Pedala, Robinho!)

Hennehersteller! Hennehersteller!
(Frangueiro! Frangueiro!)

Nicht ist weiches Nicht! Carlos Simon von hier auf eine Autopatrouille hinausgehen wird!
(Não é mole não, o Carlos Simon vai sair de camburão!)

Scheiße Verteidigung
(defesa de m*rda!)

Ronaldo Chancentod!
(Ronaldo José Inácio!)

Nicht führst du mich daß Hund weg!
(Não vai me passar esse cachorro)

Selbstmord ist eine Vorrichtung!
(O Suicídio é um dever!)

Ich werde einen Trainer töten!
(Ainda mato um treinador!)

Lassen Sie uns beten!
(Oremos!)

Der argentinen! Du kannst warten, deine Zeit angehst!
(O argentino, pode esperar! A tua hora vai chegar!)

Monday, June 19, 2006

Ecce Homo



O que será que Ronaldo Nazário pensou no momento em que furou da bola?

a) Opa!

b) Bola vagabunda, fala sério, ô!

c) Que fome!!

d) Ai, minhas bolhas!

e) Ai que saudades que eu tenho, da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais...

f) Mardita cachaça!

g) O que será que o Mário Marcos de Souza vai escrever para me defender, agora?

Sunday, June 18, 2006

Clone de Ronaldinho joga a Copa

EXTRA! EXTRA! Pato Macho fura todos os jornais.
Pato Macho conseguiu a explicação para o fraco de Ronaldinho na Copa: Ronaldinho foi seqüestrado pelo AlQaida e colocado um sósia em seu lugar para pressionar o governo Lula a se aliar com Hugo Chávez, Evo Morales, Néstor Kirchner e Fidel Castro para invair os Estados Unidos a partir de Cuba e Haiti e matar George W. Bush e instalar um governo socialista-islãmico lá. A prova disso é que o craque não está vendo a cor da bola, jogando muito abaixo daquilo que todos esperavam dele e no pisão na bola que ele deu na partida contra os australiano.

Saturday, June 17, 2006

Uma goleada que valeu por duas

A Argentina aplicou a maior goleada da Copa de 2006 e talvez a maior de todos os tempos. É a maior não pela quantidade de gols, mas pelo fato de que tenha sido uma vitória sobre uma nação que foi dividida, Sérvia e Montenegro já não é mais um único país, pois um plebiscito realizado poucos dias antes da Copa decidiu pela divisão das duas ex-federações iugoslavas. Portanto, a Argentina goleou a Sérvia por 3 a 0 e Montenegro também por 3 a 0.

Criador e criatura: efeito colateral mata humorista

Durante a semana inteira falou-se apenas de Ronaldo e seus problemas médicos. As tonturas, a dor de cabeça, a indisposição e o peso foram o centro das atenções da Seleção Brasileira. Os efeitos colaterais foram maiores do que se pensava. No final da sexta-feira, após um jogo entre os funcionários da Rede Globo, o Marrentinho, personagem criado por Bussunda para imitar o gordo Ronaldo, deixou de existir. Não que o pessoal do Casseta e Planeta tenha desisitido de fazer piadas do Fenômeno, é que o Bussunda realmente bateu as botas. Apesar de trágico, não deixa de ser cômico o fato de que quem passou mal foi a Criatura e quem morreu foi o Criador.
Fica uma pergunta: o Bussunda morreu na Copa ou no bar?

Thursday, June 15, 2006

A dor de cabeça do El Gordito

Funildo,
Enviado especial a Königstein

O fato sucedeu-se às 2h, em plena madrugada alemã, quando, ao sair do hotel Floh und Küchenschaben (Pulga e baratas) em busca de Schnapps, entrei no Leeres Glas Bar (Copos vazios). Lá estava, num canto escuro, o careca mais celebrado do Brasil (não era o Valério), El Gordito, como dizem os argentinos, com vários copos vazios. Sentei-me junto ao maior goleador de todas as Copas (com certeza ele faz uns três, mesmo com mais de 100 quilos), prometi que manteria segredo de tudo o que conversássemos (como é tolo o nosso atacante) e tomamos vários schnapps. Ele me confirmou que é um corno convicto, que a Raica está com um caso no Brasil e que só resta o fundo do copo para afogar sua mágoa. Não existe dor de cabeça nenhuma, é dor-de-cotovelo mesmo. Depois do furacão Bocarelli, da assanhada Milena e da volúvel Werner, o Ronaldo está tomando outro par de chifres. O cara entrou na internet para ver como tinha sido a crítica sobre o jogo contra a Croácia e viu as fotos da Raica no Paparazzo e entrou em depressão. "Eu bem que senti que aquelas bolhas nos pés seriam indicação de que algo pior estaria por vir", comentou o Fenômeno. Quando ele cabecear a bola com certeza ouvirá o meu grito nas arquibancadas: "Furou a bola, Guampão!"

Friday, June 09, 2006

Mitu

Ah, vocês nunca ouviram falar da história do Mitu? O Stanislaw Ponte Preta escreveu uma história muito engraçada que aconteceu durante a Copa da Inglaterra, em 1966. É o seguinte: quando a seleção brasileira chegou a Liverpool, um grupo de jornalistas veio a reboque. O problema é que havia um deles que não sabia nada de inglês, no máximo, ensaiava um "Hello" ou um "Good Bye". Depois do jogo da Bulgária, foram todos comemorar num restaurante. Um deles pegou o cardápio, e o dissecou, diametralmente. Chamou o garçom, pigarreou, alçou a fronte, e fez o pedido. O jornalista ao lado olhou para o garçom, e respondeu: "me too". Assim foi, um a um: "me too", "me too". Até chagar no rapaz que não sabia inglês: foi surpreendido pelo olhar curioso do mâitre. Suspense total. Sem pestanejar, respondeu:

- Mitu.

Foram prontamente atendidos. Então aparece o garçom, com o prato: bife com batatas fritas. O tal jornalista "bilíngue" sorri, aliviado. Assim foi, depois de cada jogo do Brasil. Todos iam juntos ao tal restaurante. Um dos repórteres lia o cardápio, pedia, e todos respondiam: "me too", "me too", e nosso herói respondia: "mitu".

E em minutos, aparecia o prato: suflês, macarronadas, carne de porco, panquecas, filés. Em pouco tempo, ele já se sentia um Poe, um Wilde, um Dickens. O "mitu" lhe abriu as portas da língua. E cada dia era um prato diferente. Ele dizia a palavrinha mágica e,de repente, desfilavam cardápios cada vez mais exóticos. Mas se a comida era de primeira, o futebol da seleção brasileira nem tanto. Uma casa de irene. Foram convocados 44 jogadores, 4 times, para a copa. Além disso a seleção promoveu um supersticioso "culto aos antepassados" e vários veteranos das copas passadas foram convocados por conta desse tolo sortilégio. Não podia ter dado certo. Após vitória inicial sobre a Bulgária por 2 x 0 o Brasil perdeu para a Hungria, 3 x 1. No fim, não passamos da primeira fase, depois do vexame do 3 a 1 de Portugal, sem contar com a cena do Pelé sendo caçado pelo gramado afora, como uma adúltera bíblica.
No dia seguinte à derrota, a maioria dos jornalistas brasileiros retornou ao Brasil. Nosso herói bilíngue, porém, resolveu esticar a viagem. Na manhã seguinte, ele resolveu almoçar no restaurante de sempre. sentou-se na mesa como um dândi, com um perfil de César e ar de desdém. Eis que aparece o garçom. Arrumando o guardanapo na gola, como um Mazzaropi (o do filme), encarou o homem e pediu, triunfante:


- Mitu!

E nada. Ele insistiu:"Mitu, pliz!". O garçom chamou o mâitre. Este também não entendeu o pedido do ilustre cliente. Envergonhado, nosso herói bateu em retirada.


Conclusão dele: depois que o Brasil perdeu a Copa, o mitu também acabou.